[por] Aborda o início, a história e o desenvolvimento da prática e do mercado do E-Sports, ao longo dos anos, até atingir o patamar atual, as suas modalidades de competições, os seus aspectos do cenário profissional e econômico, destacando os montantes financeiros envolvidos, a fim de esclarecer a oportunidade, a importância, a pertinência e a necessidade de estudo específico, mas se aprofundando no seu aspecto jurídico, no enquadramento legislativo e, especialmente, no que tange aos direitos trabalhistas dos agentes envolvidos nesse ecossistema. Com este estudo, busca-se analisar, compreender e eventualmente constatar se a falta de legislação própria ao E-Sports pode acarretar o fenômeno histórico e cultural da precarização das relações de trabalho, principalmente na figura do atleta profissional de E-Sports com o seu empregador, que, nesse caso, se qualifica na condição de time/ equipe/entidade desportiva. Por ser um mercado ainda em desenvolvimento, a pesquisa pelo método bibliográfico em artigos científicos, livros, revistas especializadas em esportes e esportes eletrônicos, jurisprudência e legislação, se deu no limite da sua disponibilidade, tendo sido utilizada, em complemento, a pesquisa experimental, recortando as precarizações das relações de trabalho ao longo da história e subsumindo com os fenômenos que se constatam em torno do E-Sports atualmente. Diante disso, constatou-se que, de fato, em decorrência da ausência de legislação regulatória específica sobre o ecossistema do E-Sports, a precarização das relações obreiras acompanhou e se moldou à sua estrutura digital, colocando-se um desafio para os legisladores e acadêmicos: como legislar e, por conseguinte, regulamentar de forma inteligente e flexível a ponto de proteger direitos trabalhistas basilares, em um universo que conta com a intervenção de terceiros na regulamentação? E, por sua natureza, há intrínseca necessidade de ter o poder de se autorregulamentar?[eng] This article approached the beginning, history and development of the practice and market of E-Sports over the years until reaching the current level, its competition modalities, its aspects of the professional and economic scenario, highlighting the amounts involved in order to clarify the opportunity, importance, pertinence and need for a specific study, but deepening its legal aspect, legislative framework and, especially, with regard to the labor rights of the agents involved in this ecosystem. With this study, we seek to analyze, understand and eventually verify whether the lack of legislation specific to E-Sports can lead to the historical and cultural phenomenon of precarious work relations, mainly in the figure of the professional E-Sports athlete with his employer, which in this case qualify as a team/sports team/entity. As it is a market still in development, the research by the bibliographic method in scientific articles, books, magazines specialized in sports and electronic sports, jurisprudence and legislation, took place at the limit of its availability, having been used, in addition, experimental research, specifically addressing the precariousness of work relations throughout history and subsuming with the phenomena that are found around E-Sports today. In view of this, it was found that, in fact, due to the absence of specific regulatory legislation on the E-Sports ecosystem, the precariousness of labor relations accompanied and molded itself to its digital structure, but bringing a challenge for legislators and academics: how to legislate and, therefore, regulate in an intelligent and flexible way to the point of protecting basic labor rights, in a universe that relies on the intervention of third parties in regulation and, by its nature, there is an intrinsic need to have the power to self-regulate?