Atos de violência contra a mulher ocorrem todos os dias e podem acontecer também no seu ambiente de trabalho, na sala de aula, na faculdade ou na escola. E quando se pensa em violência é importante saber que a lei protege as mulheres não apenas daquelas agressões que deixam marcas explícitas na pele, mas também daquelas que ferem a autoestima, que intimidam suas ações, que ridicularizam e limitam seus direitos como cidadã. O Brasil já deu importantes passos para combater a violência contra a mulher, como a promulgação da Lei Maria da Penha e aumento do número de Delegacias da Mulher. Contudo, infelizmente, ainda está longe de sanar esse problema. De acordo com o Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), com base em dados de 2016 do Ministério da Saúde, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. Observou-se, em dez anos, um aumento de 6,4%. A Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher entrevistou, entre os meses de março a julho de 2016, 10 mil mulheres em nove capitais nordestinas (Fortaleza, Salvador, Recife, Teresina, Aracaju, Natal, São Luís, Maceió e João Pessoa). O relatório da pesquisa foi publicado em duas partes: A primeira, no final de 2016, constatou a assustadora realidade: 3 em cada 10 mulheres no nordeste foi vítima de violência doméstica.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/165831In
Fonte
MONTHÉ, Claudia Brum. Violência contra a mulher: reflexos no trabalho. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, v. 9, n. 83, p. 50-52, out./nov. 2019.Veja também
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