Costuma-se associar o fenômeno do assédio moral ao contexto globalizante, como se ele fosse um resultado natural das práticas capitalistas. Longe de excluir essa variável, facilmente verificável, o artigo busca agregar novos elementos para a ampliação da compreensão de um fenômeno complexo e que agrega variáveis muito diversas que exigem, por consequência, conhecimentos também diversos, de vários ramos do saber. Nesse esteio, ressalta-se, aqui, o relacionamento interindividual e a noção de progresso que permeia a sociedade em geral como elementos que merecem atenção e agregam novos instrumentos para a compreensão de como o fenômeno se operacionaliza como prática perversa.