Artigo de periódico
Cidadania, relações de gênero e relações de trabalho
Artigo de periódico
Cidadania, relações de gênero e relações de trabalho
Apresenta a evolução do conceito de gênero nas relações de trabalho e analisa a tese da teoria neo-essencialista como complicador da etapa atual, ao revelar aspectos neurobiológicos das diferenças de comportamento entre homem e mulher. No presente texto, os argumentos são refutados com amparo nas influências sociossexuais, no potencial das capacidades humanas e nas políticas socioeconômicas. São estudadas as segregações verticais e horizontais responsáveis pela diferença de salário e de função entre homens e mulheres, com destaque para os condicionamentos das aspirações profissionais em face do matrimônio. Observa que em muitos momentos históricos de ampliação de direitos, as mulheres não foram por eles abrangidas, o que contribuiu para retardar o seu direito à plena cidadania. O fato interfere na pequena atuação das mulheres nas atividades sindicais. São avaliados os avanços do Direito do Trabalho para fomentar a igualdade entre os sexos no âmbito empresarial e consideradas tímidas determinadas inovações legislativas.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/173790Fonte
BARROS, Alice Monteiro de. Cidadania, relações de gênero e relações de trabalho. Revista de direito do trabalho, São Paulo, v. 32, n. 121, p. 9-28, jan./mar. 2006.Veja também
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