Diante das mudanças do mundo globalizado, grandes alterações se perpetuaram, de modo que profundos abalos foram produzidos à estrutura do Direito laboral, fazendo emergir na sociedade contemporânea novas formas de prestação de serviços antes não imagináveis, como meio de adaptação do ser humano à agitação do mercado de trabalho produzida pela mecanização. Demonstrada, ainda, a não adequação da legislação trabalhista aos novos tempos — ainda muito arraigada aos clássicos modelos de produção — surgem, dessa forma, novos modos de execução do trabalho, tais como a parassubordinação e o contrato de trabalho a projeto, objetos do artigo. Revisita-se o próprio Direito do Trabalho diante de sua "crise", conforme anunciado pela doutrina, de modo que se busque uma solução adequada para resolução do problema relacionado aos trabalhadores que se situam em zona cinzenta não se amoldando nem como autônomos, nem como empregados, mas necessitando de um tratamento digno, de modo a não serem prejudicados pela carência de proteção jurídicolaboral.