Artigo de periódico
A disparidade de gênero e raça na composição dos ministros do Supremo Tribunal Federal: reminiscência da colonialidade do poder no Poder Judiciário
Artigo de periódico
A disparidade de gênero e raça na composição dos ministros do Supremo Tribunal Federal: reminiscência da colonialidade do poder no Poder Judiciário
Analisa a disparidade de gênero e raça na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando a persistência de estruturas coloniais no Poder Judiciário brasileiro. Argumenta que as nomeações recentes para o STF reforçam a predominância de homens brancos cisgêneros, refletindo o racismo estrutural e o patriarcado enraizados na sociedade. Historicamente, desde o período colonial, o sistema judiciário privilegiou grupos dominantes, prática que se mantém mesmo após a Constituição de 1988. Dados estatísticos mostram que apenas três mulheres brancas e quatro homens negros integraram o STF até 2023, contrastando com a composição demográfica brasileira (56% de pessoas pretas/pardas e 51% de mulheres). Também discute ações afirmativas, como cotas raciais e de gênero no Judiciário, mas ressalta que essas medidas ainda não garantiram representatividade plena no STF. Conclui que a colonialidade do poder persiste, perpetuando desigualdades e privilegiando a branquitude masculina nos espaços de decisão.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/249156Notas de conteúdo
Reminiscência da colonialidade nas nomeações de ministros para o STF -- Ações afirmativas no poder judiciário.Fonte
FREITAS, Adriana Pinheiro. A disparidade de gênero e raça na composição dos ministros do Supremo Tribunal Federal: reminiscência da colonialidade do poder no Poder Judiciário. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, Rio de Janeiro, v. 32, n. 67, p. 91-102, jul./dez. 2023.Veja também
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