Artigo de periódico
Quando os trabalhadores param?: reinterpretando a ocorrência de greves no Brasil
Artigo de periódico
Quando os trabalhadores param?: reinterpretando a ocorrência de greves no Brasil
Analisa a incidência de greves nas diferentes fases econômicas e políticas do Brasil, nas duas últimas décadas. Ao mesmo tempo, inserimos as greves no contexto da conjuntura e dinâmica organizacional do movimento sindical. Ao longo desse período, a incidência de greves tendeu a diminuir nos momentos de alta do desemprego e a aumentar nos momentos de queda. Não foi encontrada relação entre greve e ganho salarial. A análise da relação entre greve e política parece corroborar a ideia de que em governos de centro-esquerda observa-se menor volume de greves do que em governos de centro-direita, enquanto a maior competição no interior do movimento sindical, inferida pelo número de sindicatos em cada ano, esteve associada a um maior volume de greves. Essas correlações, ainda que inconclusivas, apontam o caminho para novas investigações, utilizando séries mais longas e análise comparada.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/212175Notas
Apresenta gráficos com dados estatísticos sobre: número de greves e horas paradas (1978-2013), evolução das greves no Brasil e países selecionados (1990-2004), greves por setor econômico (1988-2013), greves no setor público por esfera de governo (1990-2013), número de greves e inflação (1995-2013), número de greves e taxa de desemprego (1991-2013), estoque de emprego formal e números de greves (1990-2013), greve e reajuste médio real (1996-2013) e número de sindicatos e número de greves (2001-2012)Itens relacionados
Notas de conteúdo
Uma breve revisão de literatura sobre greves -- Contando greves -- Dos anos de transição à normalidade democrática -- A economia política da greveFonte
FERRAZ, Alexandre Sampaio. Quando os trabalhadores param?: reinterpretando a ocorrência de greves no Brasil. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, v. 11, n. 108, p. 100-131, abr. 2022.Veja também
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