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Artigo de periódico
Novas tecnologias e o trabalho 4.0: a face cruel e precária da nova era digital
Artigo de periódico
Novas tecnologias e o trabalho 4.0: a face cruel e precária da nova era digital
Diante da sua dinamicidade e fluidez, a “revolução da internet” trouxe impactos nas mais diversas esferas sociais e, portanto, também na trabalhista. Assim, com o advento do que se convencionou chamar de “revolução 4.0” ou “trabalho 4.0”, auxiliado através dos recursos das plataformas tecnológicas e dos aplicativos de aparelhos móveis, o fenômeno da “uberização” revolucionou o Direito do Trabalho, escancarando as portas para um novo mundo laboral, totalmente repleto de flexibilizações, inseguranças e, por conseguinte, precarização das relações trabalhistas. Todo esse cenário é ainda agravado pela ausência de regulamentação própria das novas modalidades de trabalho. Ante a tal fato, alguns questionamentos passam a ser levantados, especialmente a respeito das possíveis perspectivas para o juslaboralismo. Nesse sentido, um dos questionamentos próprios da era digital diz respeito a um suposto fim da sociedade do trabalho, que teria como alicerce o próprio trabalho humano, erigido constitucionalmente à um direito fundamental de todo e qualquer cidadão e trabalhador. Esse artigo objetiva analisar os principais impactos da quarta revolução industrial no mundo do trabalho e na vida dos trabalhadores, contestando a narrativa do fim da sociedade do trabalho, sem, contudo, esgotar a temática, ante a velocidade jamais vista – caso comparada com as revoluções anteriores - das mudanças da nova era tecnológica.