Analisa a relação entre direitos humanos, capacitismo e desigualdade, partindo de uma reflexão crítica sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Define o capacitismo como um sistema de valores que estabelece um padrão corporal e mental hegemônico, desvalorizando a vida das pessoas com deficiência e gerando prejuízos sociais e opressão. Examina a evolução dos modelos de abordagem da deficiência: o modelo de prescindência (rejeição), o modelo médico-reabilitador (focado na cura e normalização do indivíduo) e o modelo social, que compreende a deficiência como resultado da interação entre a pessoa e as barreiras sociais, físicas, comunicacionais e atitudinais. Propõe o modelo da diversidade, que integra a condição individual e valoriza a diferença. Discute as barreiras atitudinais, como preconceitos, estereótipos e discriminação, que impedem a participação plena e efetiva na sociedade. Fundamenta a análise na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, destacando os princípios de igualdade formal e substantiva, acessibilidade, desenho universal e ajustes razoáveis. Conclui pela necessidade de superar o capacitismo, adotar uma perspectiva baseada nos direitos humanos, garantir a participação protagonista das pessoas com deficiência e promover a desconstrução de barreiras e a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, justa e equitativa.