Artigo de periódico
Trabalhar para viver: a conscientização das empresas quanto à sustentabilidade social
Artigo de periódico
Trabalhar para viver: a conscientização das empresas quanto à sustentabilidade social
[por] Com a evolução tecnológica dos meios de produção e a busca constante por uma sociedade mais justa e igualitária, as relações de trabalho estão em constante mudança. Apesar dos avanços na proteção dos direitos trabalhistas, os desafios da sociedade contemporânea e dos novos meios de produção despertam preocupações em relação ao bem-estar físico e psicológico dos trabalhadores. Como efeito, há todo um debate sobre maior autonomia dos empregados, em atenção ao equilíbrio saudável entre o trabalho, o lazer e as necessidades pessoais. As novas demandas trabalhistas são discutidas e negociadas entre as forças sindicais e empregadoras, resultando não apenas em normas coletivas de trabalho, mas também em iniciativas legislativas, que enfrentam o desafio de conciliar diferentes posições políticas e ideológicas. À medida que novas agendas surgem em busca de um capitalismo mais consciente, no qual o trabalhador é valorizado como um ser humano e não apenas como um meio de produção, a concessão de outros direitos e benefícios se torna fundamental para reter talentos e promover o desenvolvimento empresarial sustentável. [eng] With the technological evolution of the means of production and the constant pursuit of a more just and equal society, work relationships are in constant change. Despite advances in protecting workers’ rights, the challenges of the contemporary society and new means of production raise concerns about the physical and psychological well-being of workers. As a result, there is a current debate about ensuring greater autonomy for employees, with attention being paid to a healthier balance between work, leisure, and personal needs. New labor demands are being discussed and negotiated by labor unions and employers, resulting not only in collective labor agreements but also in legislative initiatives, which face the challenge of reconciling different political and ideological positions. As new agendas emerge in search of a more conscious capitalism, where the worker is valued as a human being and not just as a means of production, the granting of additional rights and benefits becomes essential to retain talent and promote sustainable business development.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/224575Notas de conteúdo
O modelo de trabalho convencional -- As demandas modernas -- Propostas em adaptação à sustentabilidade social empresarialFonte
CALCINI, Ricardo Souza; CAMARA, Amanda Paoleli. Trabalhar para viver: a conscientização das empresas quanto à sustentabilidade social. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, v. 12, n. 120, p. 156-171, maio 2023.Veja também
-
Breves anotações acerca do novo paradigma do trabalho na era digital
Lietz, Stéphani da Silva | dez. 2023[por] Vivemos constantes modificações do status quo e avançamos em direção ao que se conhece como era digital. Com o objetivo de trazer debates acerca das consequências da era digital para o ambiente laboral, o estudo apresenta três questionamentos: primeiro, se estamos vivendo uma 4ª revolução industrial? Segundo, quais ... -
A crise da subordinação e a dependência técnica como critério de proteção dos trabalhadores de aplicativo
Lemos, Matheus Gallarreta Zubiaurre; Janz, Roberta Philippsen | dez. 2022[por] A sociedade industrial consagrou a fábrica fordista e as relações interpessoais nela geradas como instituição social nuclear. Todavia, atualmente, a forma de produção e de consumo de bens vem atravessando um processo de profunda reestruturação, a qual traz diversos reflexos ao direito laboral. O surgimento massivo ... -
O teletrabalho na Lei n. 13.467/17 (reforma trabalhista): uma regulamentação em desacordo com as evidências empíricas
Esteves, Juliana Teixeira; Cosentino Filho, Carlo Benito | fev. 2019[por] Demonstra o evidente descompasso entre a regulamentação do teletrabalho promovido pela reforma trabalhista e as evidências empíricas da sociedade do trabalho. Enquanto busca-se legitimar a inclusão do teletrabalhador nas exceções do art. 62 da CLT, sob o argumento de que a subordinação jurídica é atenuada pelos ... -
Terceirização e mundo globalizado: o encadeamento produtivo e a complementariedade de serviços como potencializadores da formalização de contratos
Basso, Guilherme Mastrichi | dez. 2008[por] Ao analisar a questão do encadeamento produtivo na indústria e a complementaridade de serviços no setor bancário, com pequena incursão no setor público, pretendeu-se demonstrar o grau de irreversibilidade da terceirização no mundo globalizado e o fluxo das encomendas e das oportunidades daí surgidas, com evidentes ... -
O teletrabalho e a subordinação virtual após a Lei n. 12.551/2011: novos elementos caracterizadores do direito extraordinário do trabalho
Barroso, Fábio Túlio | out. 2012[por] As relações de trabalho se adaptam às modificações da sociedade. O modelo clássico de direito do trabalho pensado para as relações industriais ou modernas sofre as naturais alterações. A modificação dos meios de produção e da sociedade como um todo estabelece novas fontes materiais para a criação da norma, em que ... -
Sujeitos coletivos de trabalho e o trabalho no século XXI: organização coletiva dos trabalhadores de plataformas digitais
Cabral, Angelo Antonio; Paula, Guilherme Lima Juvino de | mar. 2020[por] O constante avanço tecnológico-informacional aliado à intensificação da prestação de serviços por meio de plataformas digitais interfere de maneira substancial nas relações, institutos e os direitos laborais dos trabalhadores, empregadores e entes coletivos trabalhistas. Nesse contexto, este artigo examinou as novas ... -
Conexão telemática e desconexão valorativa no trabalho: uma crítica à reificação do teletrabalho operada pela Lei n. 13.476/2017, na perspectiva da dialética materialista de Karl Marx
Rodrigues, Bruno Alves | nov. 2017[por] Vivenciamos uma quadra de radicalização materialista marcada pela prevalência das coisas sobre o próprio homem, e a Lei 13.467/2017 acaba por consagrar, definitivamente, no Brasil, a reificação do trabalho humano. Trata-se da subtração da essência ética do trabalho, seguindo a lógica capitalista denunciada por MARX ... -
O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos: é possível levar uma ofensa ao direito do trabalho à Comissão Interamericana de Direitos Humanos?
Nepomuceno, Thiago Luann Leão | jul. 2015[por] No atual sistema capitalista, existente no Brasil, assim como na maioria dos países do mundo, o barateamento dos custos de produção de bens ou serviços passa a ser requisito fundamental para a existência e competitividade das empresas. Diante disso, o primeiro meio de produção que tende a ser afetado é a mão de ... -
O papel da Justiça do trabalho na concretização do trabalho decente nos vínculos laborais atípicos
Zandonai, Camila Dozza | set. 2021[por] Debate o papel da justiça do trabalho na efetivação de direitos fundamentais dos trabalhadores inseridos em vínculos de trabalho atípicos. A partir de um resgate aos valores e pilares que consolidaram a instituição, é possível verificar que novas tipologias de vínculo de trabalho alteram e reconfiguram determinados ... -
A função social da empresa e o princípio da solidariedade: instrumentos de cristalização dos valores sociais na estrutura jurídico-trabalhista
Wambier, Luciane | jun. 2013[por] Em virtude da acirrada concorrência entre as empresas, cresce a adoção de práticas que afrontam a dignidade humana nos atos de gestão de certas empresas. Cumprir os direitos sociais torna-se cada vez mais necessário. Além disso, é preciso fomentar uma cultura empresarial voltada para a valorização do homem e o ...