O contingente de desempregados e de trabalhadores na informalidade está crescendo e a modalidade, economia solidária, surge como solução eficiente para gerar empregos. Nada de verdadeira novidade, aparece nos anos 80 e desponta como possível solução à crise social provocada pela estagnação econômica, pela reorganização do processo de acumulação capitalista, agravada pelo atual cenário de pandemia instalada no mundo. O presente artigo tem por objetivo descrever a economia solidária como uma alternativa e forma de inserção econômica, atribuindo nova significação à palavra trabalho, superando o princípio individualista do capitalismo, pelo princípio da cooperação. A derrocada da sociedade salarial lançou na informalidade e desemprego milhões de trabalhadores. O presente artigo demonstra a construção de alternativas econômicas como forma de geração de renda, especialmente por meio da economia informal. Apontou-se aqui a viabilidade das atividades comunitárias produtivas. Outra possibilidade aliciada é o comando dos empreendimentos capitalistas falidos, nos quais os trabalhadores organizados no sistema de autogestão resistem à quebra da empresa, mantendo a atividade econômica do empreendimento e, por conseguinte, seus postos de trabalho. O estudo tem como metodologia a pesquisa bibliográfica, utilizando-se livros e artigos científicos publicados sobre o tema.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/210235Notas de conteúdo
Trabalho origem e evolução: Principais alterações. Transformação do trabalho. Informalidade -- Enfoque teórico sobre economia solidária: Autogestão. Economia social. Economia solidáriaFonte
JURASZEK, Lucia; LISBÔA, Daniel. Análise do trabalho à luz da economia solidária. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, Florianópolis, v. 23, n. 32, p. 311-335, 2020.Veja também
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