Artigo de periódico
Um estudo sobre o ruído nas praças de alimentação de shoppings centers
Artigo de periódico
Um estudo sobre o ruído nas praças de alimentação de shoppings centers
Shopping Centers são locais cada vez mais frequentados pelos habitantes das grandes metrópoles, pois oferece segurança a facilidade de encontrar tudo em um mesmo lugar, aliada à ideia de modernidade e progresso. Esses estabelecimentos constituem os maiores atrativos eleitos pelos brasileiros como lugar privilegiado para compras e lazer (Associação brasileira de Shopping Centers — ABRASCE, 2010). No entanto, o problema de ruído nesses locais, especialmente, nas praças de alimentação também está presente e afeta milhões de pessoas que diariamente frequentam estes ambientes sem, muitas vezes, atentar para possíveis riscos à saúde provocada pelo ruído. Além disso, os trabalhadores desses locais também podem ficar expostos a esse agente dependendo do horário, concentração de pessoas, música ao vivo entre outros Os estudos sobre desconforto e incômodo do ruído são cada vez mais difundidos no mundo, além de ampla regulamentação das normas jurídicas sobre o meio ambiente e nos locais de trabalho. No Brasil, a Norma Brasileira NBR n. 10.152/00 fixa os níveis de ruído aceitáveis para conforto acústico em diversos ambientes, tais como: restaurantes, salas de aula, escritórios entre outros (ABNT, 2000). A NR-17 da Portaria n. 3.214/78 e suas alterações estabelecem critério e limites de níveis de ruído para conforto nos ambientes de trabalho. Já a NR-15 em seus anexos 1 e 2 regulamenta a exposição ocupacional ao ruído. Na pesquisa encontram-se poucos estudos a respeito de conforto acústico em praças de alimentação de Shopping Center, principalmente contemplando a quantificação dos níveis de ruído. Os estudos sobre a exposição ocupacional também são escassos. Gonçalves e Adissi (2008 efetuaram um estudo nos quatro maiores shopping centers da cidade de João Pessoa, na Paraíba e mostraram que os níveis de ruído obtidos nas praças de alimentação são superiores aos limites para exposição ocupacional estabelecido pelas normas brasileiras. Ligocki, Teixeira e Parreira (2008) apresentaram um estudo mostrando que os trabalhadores das praças de alimentação de shopping centers estão de fato sob risco auditivo e da saúde em geral pois, embora não tenham tido comprovação clínica de alterações nas pessoas envolvidas no estudo, foi possível perceber sintomas comportamentais e orgânicos apresentados com a exposição a níveis de pressão sonora elevados. Nesse trabalho, os autores não mencionaram o medidor de nível de ruído e a metodologia utilizada. Assim, este trabalho tem como objetivo medir o nível de ruído em praças de alimentação de shopping centers de Belo Horizonte e analisar seus possíveis efeitos sobre a saúde dos frequentadores e dos trabalhadores destes locais.
Para citar este item
https://hdl.handle.net/20.500.12178/166050Notas
Apresenta tabelas com dados sobre: nível de pressão X pressão sonora; limites de tolerância para exposição ocupacional ao ruído; níveis aceitáveis em dB(A) e NC; média dos níveis de ruído com 95% de confiança em cada shopping; e gráfico ilustrando a comparação da média dos níveis de ruído com 95% de confiança com o valor máximo aceitável de acordo com a NBR-10.152Notas de conteúdo
Referencial teórico: Nível de pressão sonora (decibel). Frequência do som. Níveis de audibilidade. Níveis compensados ou ponderados. Critérios de avaliação de ruído. Avaliação ocupacional. Avaliação para fins de conforto e incômodo -- Metodologia: Locais e datas das medições. Metodologia de avaliação. Instrumentação e avaliador -- Resultados e discussãoFonte
SALIBA, Tuffi Messias; FERREIRA, Wanyr; BAHIA, Eduardo Trindade. Um estudo sobre o ruído nas praças de alimentação de shoppings centers. Revista Ltr: legislação do trabalho, São Paulo, v. 75, n. 10, p. 1186-1191, out. 2011.Veja também
-
O direito à higiene dos trabalhadores na limpeza pública urbana e as normas regulamentadoras 24 e 38
Saladini, Ana Paula Sefrin; Assad, Sandra Mara Flügel | jul. 2023A falta de acesso às condições mínimas de higiene é uma constante na rotina daqueles que desenvolvem suas atividades laborativas externamente. Trata-se de questão que compromete a saúde e a dignidade das pessoas que não dispõem de locais apropriados para usufruir o intervalo para refeição e que encontram dificuldades ... -
A insalubridade existente nos ambientes de trabalho de determinados setores prestadores de serviços públicos
Medeiros, Benizete Ramos de | fev. 2011A motivação de pesquisar mais amiúde e escrever acerca desse tema, nasce das observações do cotidiano, da militância no mundo do trabalho na medida em que me imiscuo nesses ambientes, ainda que de forma esporádica desafiando o desejo de estudo e pesquisa do tema, com o intuito sincero de provocar as mudanças e melhorias ... -
Normas de saúde e segurança do trabalho na era Bolsonaro: a "modernização" das normas regulamentadoras: veleidades, possibilidades, constitucionalidade
Feliciano, Guilherme Guimarães; Moraes, Paulo Douglas Almeida de | nov. 2019Há poucos meses, o Exmo. Presidente da República anunciou que "revogaria" noventa por cento das normas regulamentadores de saúde e segurança do trabalho. O Presidente se referia às conhecidas "NRs" (Normas Regulamentadoras) do extinto Ministério do Trabalho, que hoje já se aproximam da quarta dezena (são atualmente trinta ... -
A substituição da monetização da saúde pela diminuição de jornada
Mafra, Juliana Beraldo | jun. 2014A monetização da saúde é a expressão utilizada para se referir ao pagamento de um adicional em decorrência da exposição do trabalhador a agentes nocivos à sua saúde. Trata-se de compensar o trabalhador pecuniariamente pelos possíveis danos a que ele está sujeito por força do trabalho. Essa forma de tratamento dos trabalhos ... -
Meio ambiente do trabalho e greve ambiental
Melo, Sandro Nahmias | fev. 2009Instigado pelo oportuno tema do XIV CONAMAT "O homem, o trabalho e o meio — uma visão jurídica e sociológica", bem como pelos ricos debates empreendidos ao longo dos anos em que tenho atuado como professor do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), decidi, além de ... -
Renúncia e transação no Direito do Trabalho: uma nova visão constitucional à luz da teoria dos princípios
Molina, André Araújo; Guerra Filho, Willis Santiago | fev. 2010O tema, qual seja o princípio da irrenunciabilidade dos direitos do trabalhador e suas decorrências imediatas (renúncia e transação), nada obstante já tenha sido objeto dos mais variados estudos, inclusive em nível mundial, ainda pode ser explorado por outra vertente metodológica. Isso se dá pela necessidade de adequação ... -
Desafios à aplicação dos princípios da prevenção e da precaução no meio ambiente de trabalho para o desenvolvimento sustentável e o trabalho decente
Machado, Fernanda de Vargas; Góes, Maurício de Carvalho | dez. 2022[por] Catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, assim como os desafios que as novas tecnologias impõem, indicam que vivemos em uma sociedade de risco. O meio ambiente, inclusive o do trabalho, é afetado por esses riscos, e, consequentemente, o ser humano. Nesse contexto, e nos termos da Agenda 2030 da Organização ... -
Meio ambiente do trabalho e saúde do trabalhador: competência administrativa concorrente do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério da Saúde (SUS): inteligência dos artigos 23, VI, 198, II e 200, VIII da CF/88, constitucionalidade do art. 154 da Consolidação das Leis do Trabalho
Fernandes, Fábio de Assis Ferreira | jan. 2009Cuida de um tema de profunda importância e atualidade, a saúde do trabalhador, mormente numa época caracterizada por profundas transformações no mundo do trabalho com sérias e nefastas consequências sobre a saúde física e mental do cidadão-trabalhador e ao meio ambiente geral e do trabalho. Com efeito, a forma como o ... -
O enquadramento do grau de insalubridade: uma análise das implicações nas negociações coletivas de trabalho
Ferro, Salus Henrique Silveira; Veiga, Fábio da Silva | out. 2023[por] Versa sobre o enquadramento do grau de insalubridade pelos acordos e convenções coletivas de trabalho, dos conforme a redação do art. 611-A da CLT. Com a entrada em vigor da Lei n. 13.467/2017, que promoveu alterações significativas na Consolidação das leis do trabalho (CLT), especialmente em pontos de grande ...