[por] Analisa o teletrabalho no segmento bancário sob a perspectiva da dimensão socioambiental do direito fundamental ao trabalho digno. A pandemia da covid-19 acelerou a adoção dessa modalidade de trabalho, reconfigurando as dinâmicas organizacionais e evidenciando um paradoxo: se, por um lado, o teletrabalho favorece a "conciliação" entre as demandas pessoais e profissionais e viabiliza o desempenho de responsabilidades diversas, como o cuidado de familiares, por outro lado, impõe desafios significativos, como a intensificação do trabalho, a diluição das fronteiras entre a vida profissional e a pessoal, o isolamento social e a sobrecarga laboral. Diante desse cenário, e à luz do direito do trabalho constitucionalizado, pretende-se tratar das perspectivas e dos desafios do teletrabalho, com ênfase nos impactos no caso de ausência de proteção à saúde do trabalhador e de um ambiente laboral saudável, o que pode ensejar na melancolização do sujeito. Nesse contexto, torna-se essencial uma abordagem crítica sobre esse regime de trabalho, de modo a assegurar a efetivação do direito fundamental ao trabalho digno em sua dimensão socioambiental.[eng] This article aims to analyze telework in the banking sector from the perspective of the socio-environmental dimension of the fundamental right to decent work. The COVID-19 pandemic has accelerated the adoption of this type of work, reconfiguring organizational dynamics and highlighting a paradox: while, on the one hand, telework favors the "conciliation" between personal and professional demands and enables the performance of responsibilities, such as caring for family members, on the other hand, it imposes significant challenges, such as the intensification of work, the blurring of the boundaries between professional and personal life, social isolation and work overload. In light of this scenario, and in light of constitutionalized Labor Law, the aim is to address the perspectives and challenges of telework, with an emphasis on the impacts of the lack of protection for the health of workers and a healthy work environment, which can lead to the melancholy of the subject. In this context, a critical approach to this work regime becomes essential in order to ensure the realization of the right to decent work in its socio-environmental dimension.