Artigo de periódico
Salário emocional: uma ferramenta capaz de acompanhar as mudanças impostas pela nova realidade corporativa?
[por] O vínculo empregatício consubstanciado no contrato de trabalho oferece ao trabalhador as condições de inserção no mercado de trabalho e, consequentemente, as condições de manter sua própria subsistência, pelo recebimento do salário que seria, a princípio, o real e condicionante motivo para se continuar a produzir dentro do mundo corporativo. Contudo, diante das intensas mudanças provocadas pelo capitalismo, pela globalização, pelos avanços tecnológicos e pela pandemia, que ainda assola o mundo, as exigências do mercado corporativo mudaram e as exigências por competitividade e produtividade aumentaram. E neste novo cenário, surge também a necessidade de se equilibrar a demanda do mundo corporativo com as demandas da força laboral, considerando que os trabalhadores esperam um reconhecimento de seu trabalho e uma melhora nas suas condições laborais, pois pensar o trabalho apenas como forma de ganhar dinheiro e de se prover o sustento esvaziaria o seu sentido, já que o trabalho enquanto atividade realizada pelo indivíduo, é capaz de oferecer um sentido de realização, de autonomia, de existência produtiva, de utilidade, de experimentar novos desafios e novos conhecimentos, e, portanto, dar dignidade. Neste sentido, o salário emocional se apresenta como uma ferramenta apta a equalizar estas demandas oferecendo tanto às empresas quanto aos trabalhadores o equilíbrio desejado entre a relação capital e trabalho. Assim, o estudo busca analisar os desdobramentos internacionais relativos às discussões sobre o salário emocional e sua aplicação no contexto das relações empregatícias no Brasil, considerando a forma tímida com que o tema ainda é tratado em nosso país. [eng] The employment relationship constitutes the employment contract offers the worker the conditions of insertion in the labor market and, consequently, the conditions of maintaining his own subsistence, by receiving the salary that would be, in principle, the real and conditioning reason for continue to produce within the corporate world. However, in the face of the intense changes caused by capitalism, globalization, technological advances and the pandemic, which still plagues the world, the demands of the corporate market have changed and the demands for competitiveness and productivity have increased. And in this new scenario, there is also the need to balance the demand of the corporate world with the demands of the labor force, considering that workers expect a recognition of their work and an improvement in their working conditions, because thinking about work only as a way to make money and provide for sustenance would empty their sense, since work as an activity performed by the individual, is able to offer a sense of accomplishment, autonomy, productive existence, utility, to experience new challenges and new knowledge, and, therefore, to give dignity. In this sense, emotional salary is an apt tool to equalize these demands offering both companies and workers the desired balance between the capital and work relationship. Thus, the study seeks to analyze the international developments to the discussions about emotional salary and its application in the context of employment relations in Brazil, considering the timid way in which the theme is still treated in our country.
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https://hdl.handle.net/20.500.12178/218618Notas de contenido
O contrato de trabalho e a importância do salário nesta relação jurídica -- O salário emocional versus salário econômico: o que vale mais? -- Será que a aplicação do salário emocional encontra assento no contexto da relação de emprego brasileira?In
Referencia bibliográfica
TORRES, Aline Cordeiro dos Santos; TORRES, Arthur José Pavan. Salário emocional: uma ferramenta capaz de acompanhar as mudanças impostas pela nova realidade corporativa? = Emotional salary: a tool capable of keeping up with the changes imposed by the new corporate reality? Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, São Paulo, v. 15, n. 29, p. 137-150, jan./jun. 2023.Ítems relacionados
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