Artigo de periódico
A natureza jurídica das relações de trabalho na gig economy
Artigo de periódico
A natureza jurídica das relações de trabalho na gig economy
Define parâmetros para investigar a real relação jurídica entre as empresas desenvolvedoras das plataformas on-line e os prestadores de serviços que as utilizam para alcançar clientes e desenvolver sua atividade. Para tanto, este trabalho levará em consideração a doutrina e jurisprudência sobre os elementos jurídicos caracterizadores da relação de emprego, o entendimento jurisprudencial que vem sendo desenvolvido no âmbito das jurisdições dos Tribunais Regionais do Trabalho das 2ª e 3ª Regiões ao longo do ano de 2017, especialmente a partir de março de 2017, quando as primeiras decisões passaram a ser proferidas no âmbito de reclamações trabalhistas ajuizadas por motoristas que utilizavam o aplicativo da Uber, e os princípios da primazia da realidade, autonomia da vontade, boa-fé objetiva e livre-iniciativa. Nesse contexto, o foi dividido em 5 capítulos. O primeiro capítulo introduz, descreve, contextualiza e problematiza o tema das relações de trabalho na gig economy. O segundo apresenta os princípios gerais de direito que devem nortear a análise das relações de trabalho na gig economy. O terceiro discorre sobre as características do contrato de trabalho e dos elementos jurídicos caracterizadores das relações de emprego. O quarto apresenta os parâmetros que devem ser observados pelo operador do direito para investigar a relação jurídica entre as empresas desenvolvedoras das plataformas on-line e os prestadores de serviços que as utilizam por meio de um teste jurídico de aderência em abstrato entre as características das relações de trabalho no âmbito da gig economy e os elementos jurídicos caracterizadores das relações de emprego à luz dos princípios gerais de direito que devem nortear a análise dessas relações de trabalho. E, finalmente, o quinto apresenta as conclusões obtidas. O trabalho tem como foco a análise da relação jurídica entre empresas desenvolvedoras das plataformas on-line e os prestadores de serviços sob uma perspectiva trabalhista, cível e econômica. Não se analisarão as características das relações jurídicas entre plataformas e usuários ou entre os prestadores de serviços e clientes sob a ótica do direito do consumidor.
Use este identificador para citar o enlazar este ítem
https://hdl.handle.net/20.500.12178/157333Notas de contenido
Princípios norteadores das relações de trabalho na gig economy: O princípio da primazia da realidade. O princípio da autonomia da vontade. O princípio da boa-fé objetiva. O princípio da livre-iniciativa -- O contrato de trabalho e os elementos da relação de emprego -- Teste jurídico de aderência em abstrato: Pessoa física. Habitualidade (serviços não eventuais). Pessoalidade. Onerosidade. SubordinaçãoHace referencia a
Referencia bibliográfica
GERMINIANI, Murilo Caldeira. A natureza jurídica das relações de trabalho na gig economy. Revista Ltr: legislação do trabalho, São Paulo, v. 83, n. 2, p. 223-233, fev. 2019.Ítems relacionados
Mostrando ítems relacionados por Título, autor o materia.
-
O trabalho em plataformas e o vínculo de emprego: desfazendo mitos e mostrando a nudez do rei
Carelli, Rodrigo de Lacerda | dez. 2020O mundo do trabalho, em praticamente toda parte deste planeta, foi surpreendido pela invasão de empresas que, apresentando-se como soluções tecnológicas modernas sob o modelo de marketplace, propõem novas formas de contratação de trabalhadores que, por sua vez, realizariam seu trabalho de forma independente e alcançariam ... -
A gig economy e a organização sindical
Burmann, Marcia Sanz; Borba, Maria Alexandra André | nov. 2019[por] Debate se os trabalhadores da chamada "gig economy", contratados sob a intermediação de plataformas digitais para execução de tarefas pontuais e sem vínculo, podem se organizar num ambiente de liberdade sindical e obter reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, direitos fundamentais consagrados pela ... -
A quarta revolução tecnológica e o trabalho na gig economy: limites e fronteiras do direito do trabalho na proteção dos trabalhadores em aplicativos
Rocha, Cláudio Jannotti da; Oliveira, Marcos Paulo da Silva | abr. 2021[por] Avalia a Quarta Revolução Tecnológica, a partir de revisão bibliográfica de cunho jurídico e sociológico, destacando- se o fenômeno da Gig Economy, pelo qual o trabalho humano passou a ser prestado com o intermédio de plataformas digitais, próprias da era da tecnologia da informação e comunicação. A partir de método ... -
Da senzala à gig economy
Rocha, Igor Mauad; Tárrega, Maria Cristina Vidote Blanco | set. 2023[por] Discute a nova modalidade de trabalho, flexível e digital, denominada de gig economy, apontando suas principais características e semelhanças com as formas pretéritas de exploração da força de trabalho, remetendo-se aos séculos XIX e início do XX, marcado pela incipiente regulamentação das relações de trabalho para, ... -
Relações entre trabalhadores e plataformas e aplicativos: da ausência de subordinação à subordinação algorítmica
Goldschmidt, Rodrigo; Cani, Elcemara Aparecida Zielinski | 2022Com o avanço da tecnologia e o advento de novas formas de trabalho, especialmente aquelas desempenhadas a partir de aplicativos e plataformas, o mundo do trabalho enfrenta novos desafios e novas problemáticas. Uma das questões discutidas atualmente é a condição jurídica dos trabalhadores por intermédio de plataformas ... -
Necessidade de proteção social aos trabalhadores da gig economy
Costa, Marcelo Nogueira de Almeida; Pagani, Marcella | mar. 2021[por] Analisa os efeitos socioeconômicos e trabalhistas gerados pela Quarta Revolução Tecnológica sobre o trabalho humano, notadamente em relação aos trabalhadores da gig economy. Verificou-se a necessidade de proteção social a esses trabalhadores, especialmente no que diz respeito à garantia de direitos trabalhistas ... -
Subordinação algorítmica: elementos para constatação do vínculo de emprego em trabalhadores por aplicativo
Pereira, Alexandre Pimenta Batista | jun. 2023[por] Em tempos de Quarta Revolução Industrial, prestações de trabalho por meio de aplicativos digitais propagam-se com a cantilena de que cada um possa se tornar microempreendedor de si mesmo, na onda de uma economia compartilhada e disruptiva. A nova tessitura da subordinação desenha-se com a desenvoltura dos algoritmos ... -
A dependência econômica nas plataformas digitais: novas estratégias de direção e controle do trabalho alheio
Oliveira, Murilo Carvalho Sampaio | dez. 2020[por] No contexto da economia digital e dos novos modelos empresariais, este texto discute a caracterização do vínculo empregatício em plataformas digitais de trabalho que exerçam controle sobre os trabalhadores, a partir do critério da dependência econômica. Inicia apontando, brevemente, os impactos das transformações ... -
Precarização e direito do trabalho: quid novi?
Gauriau, Rosane | dez. 2019[por] Analisa, sob o ângulo da precarização, as novas relações de trabalho que surgiram com o advento da economia compartilhada (sharing economy). Para tanto será analisada a jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia, do Superior Tribunal de Justiça e da Justiça do Trabalho brasileiros, relativamente à ... -
A dependência econômica como critério identificador da relação de emprego
Pimenta, José Roberto Freire; Porto, Lorena Vasconcelos; Rocha, Cláudio Jannotti da | out. 2010[por] Estuda o conceito de dependência econômica como critério identificador da relação de emprego, ao lado da subordinação jurídica. A Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista), ao alterar dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei n. 6.019/1974, introduziu ou ampliou a regulamentação, no Direito ...